Inclusão: Brasil e Colômbia - Relatos de experiência
No dia 28 de novembro de 2023 ocorreu no Campus Muzambinho um diálogo contextualizando as experiência ocorridas com o tema Inclusão, nos países Brasil e Colômbia. Essa foi uma iniciativa das acadêmicas intercambistas, Luz Adriana Yara Tique, estudante do curso de Engenharia de Sistemas e Computação e Yurany Shirley Montaña Briceño, estudante da Ciência do Esporte e da Educação Física, ambas da Universidade de Cundinamarca, na Colômbia. Essa atividade desenvolvida contou com o apoio do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne), da Coordenadoria de Extensão (CGEX), do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica de Biologia (PIBID) e grupo de estudo ADAPTA, da Educação Física.
Em um primeiro momento ocorreram mostras de trabalho sobre Educação Inclusiva, desenvolvidas pelo PIBID/Biologia e o grupo de estudo ADAPTA da Educação Física, no prédio H.
Um dos trabalhos apresentados pelo PIBID, intitulou-se “Mãos em ação: Aprendendo sobre Libras e Inclusão”; “Um olhar profundo sobre a luz dos sentidos: Usando o conhecimento para erradicar o preconceito” e “Uma viagem pela história das pessoas deficientes: Promovendo Inclusão através de um Jogo Didático-Pedagógico”. O grupo de estudo ADAPTA trabalhou com uma experiência de Orientação e Mobilidade, vendando os olhos dos estudantes e mostrando a importância de se ter o piso tátil em todos os locais públicos. O ADAPTA, juntamente com o PIBID da Biologia e integrantes do NAPNE ofereceram oportunidade de vivências para sensibilizar os estudantes do ensino médio sobre a necessidade de compreender, erradicar preconceitos, praticar e dialogar sobre inclusão.
Em um segundo momento, no auditório do prédio H foram realizadas apresentações e discussões sobre o tema inclusão. As acadêmicas Luz e Yurany fizeram uma apresentação em conjunto mostrando aos participantes do evento como é a Educação Inclusiva na Colômbia, abordando alguns tópicos: Como é regida a educação inclusiva na Colômbia, as deficiências mais frequentes e os princípios em que se baseiam a educação inclusiva no país, quais são as responsabilidades dos órgãos governamentais, das instituições educativas e da família na educação inclusiva, quais são os grupos priorizados para a educação inclusiva. Além disso, mencionaram também que a educação inclusiva é implementada de maneira diferente nos níveis educacionais e cada um tem suas especificidades.
Após essa apresentação, a acadêmica Luz fez um relato de sua pesquisa desenvolvida na Universidade, intitulada “Relatos de experiência com crianças surdas (Sign to all). Segundo a estudante, Sign to all é uma plataforma Web e também uma aplicação móvel que tem como objetivo apoiar a aprendizagem de disciplinas como espanhol e matemática para crianças surdas na escola Pablo de Tarso através da utilização da língua gestual colombiana (LSC).
Posteriormente, a acadêmica Yurani fez sua apresentação, a qual foi intitulada “Relatos de experiência em Rugby em cadeira de rodas”. Esse relato está relacionado a uma pesquisa sobre prevenção de lesões no Rugby em cadeira de rodas, esporte paraolímpico, com base em uma análise cinemática do movimento de remo. Por último, foi a vez da estudante brasileira Daiane Cristina Garcia, do curso de Ciência da Computação que desenvolveu um projeto de adaptação e aplicação de oficinas para ensinar Pensamento Computacional de forma inclusiva a 20 alunos de 8 a 9 anos, incluindo crianças com Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O estudo destaca a importância do Pensamento Computacional na Educação Moderna para melhorar habilidades cognitivas, reconhecendo a falta de formação docente e políticas educacionais limitadas no Brasil. O objetivo principal foi preencher lacunas na educação inclusiva, desenvolvendo sequências didáticas adaptadas e oficinas para escolas municipais em Muzambinho, com abordagens quantitativas e qualitativas envolvendo alunos com e sem necessidades específicas da Escola Municipal Frei Florentino. A metodologia incluiu adaptação de sequências didáticas, criação de oficinas, questionários, análise de dados, validação por especialistas e disponibilização do material por meio de um e-book lúdico exemplificando os pilares do Pensamento Computacional.
Estas jovens partilharam as suas experiências e perspectivas sobre a inclusão nos seus respectivos países. Para as estudantes, a troca de conhecimentos e experiências durante o evento proporcionou uma visão única das estratégias, desafios e sucessos no campo da inclusão no Brasil e Colômbia. Este evento não foi apenas um espaço para aprender com experiências individuais, mas também uma oportunidade para fortalecer a rede de apoio e colaboração entre instituições internacionais e estudantes comprometidos com a inclusão. Foi uma experiência incrível! E todas agradeceram aos organizadores dessa importante iniciativa, e enfatizaram a importância de se discutir sobre esse tema, e que seja a primeira, de muitas!
Texto: Juliana Cristina dos Santos
Fotos: Ascom - Ana Flávia Santos
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