Professor do Campus Muzambinho recebe bolsa produtividade em pesquisa do CNPq
O professor Lucas Eduardo de Oliveira Aparecido, lotado no IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho - foi contemplado com bolsa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) na modalidade produtividade em pesquisa, cuja duração é de 24 meses. O projeto submetido pelo docente é intitulado “Desenvolvimento de um sistema de alerta fitossanitário para manejo da Cercosporiose do café por aprendizagem de máquina”.
O CNPq lança edital anualmente para que pesquisadores possam submeter suas propostas, e as chamadas visam à valorização e incentivo da produção científica, tecnológica e inovação da qualidade, prezando pela seleção de projetos de pesquisa que sigam padrões rigorosos e método científico.
De acordo com o professor Lucas, “a produção científica é de extrema importância para o desenvolvimento de um país. A pesquisa busca contrapor o senso comum, formular teorias, identificar correlação entre causas e efeitos. É buscar respostas para problemas que afetam a relação do homem com o seu meio”.
O projeto contemplado pela bolsa aborda o manejo da Cercosporiose do café, popularmente conhecida como olho pardo, mancha circular, mancha parda ou olho de pombo. A importância da produção cafeeira no Brasil e a inerente complexidade do sistema agrícola levou o professor a desenvolver o projeto. Ele explica que o objetivo é “desenvolver um modelo de taxa de infecção por cercosporiose em função do clima usando algoritmos de aprendizagem de máquina, simples de entender, fácil de usar e preciso, que possa ser útil para desenvolver um sistema de alerta de previsão da cercosporiose para racionalizar o controle químico da doença nas regiões produtoras do Brasil”. O projeto prevê bolsas para estudantes, estimulando assim a entrada de novas pessoas a atuar em pesquisas.
Os resultados esperados visam ao desenvolvimento de modelos de aprendizagem de máquina acurados para previsão de cercosporiose do café com aproximadamente 10 dias de antecedência do aparecimento da doença. O projeto de pesquisa trata do café arábica em três níveis espaciais - Nacional, Estadual e Regional e busca, com os mapas de alertas fitossanitários com os índices de cercosporiose, auxiliar os produtores na tomada de decisão e evitar aplicação de agroquímicos na lavoura sem necessidade.
O professor relatou também a crescente preocupação mundial com relação aos resíduos agroquímicos nos alimentos, o que, consequentemente, influencia a comercialização de determinados produtos agrícolas. “Com o crescente aumento dos programas de certificação no cafeeiro, a preocupação com o meio ambiente tem aumentado. Acredita-se que a utilização dos sistemas de alertas fitossanitários levará a uma redução da aplicação de agroquímicos, como inseticidas, fungicidas, e mais empresas/fazendas poderão ser certificadas”.
Texto: ASCOM
Fotos: cedidas pelo professor Lucas Eduardo de Oliveira Aparecido
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