IFSULDEMINAS tem o melhor Índice de Eficiência Acadêmica entre os Institutos Federais
O Instituto também se destaca no processo de Verticalização do Ensino
O Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) se destaca como instituição com o melhor Índice de Eficiência Acadêmica entre os 38 institutos federais, alcançando a marca de 73,7% de eficiência no ciclo acadêmico de 2020, recém-divulgado. A informação está publicada na Plataforma virtual Nilo Peçanha (PNP), que reúne e dissemina estatísticas oficiais sobre a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT), como dados sobre as unidades que a compõem, cursos, corpo docente, discente e técnico-administrativo, além de dados financeiros. Tais itens embasam o cálculo dos indicadores de gestão monitorados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), utilizados na formatação da matriz orçamentária da Rede.
Índice de Eficiência Acadêmica
Criado para avaliar o percentual de alunos que concluíram o curso dentro do período previsto, o Índice de Eficiência Acadêmica (IEA) é composto por três variáveis: o percentual de alunos formados, o percentual daqueles que abandonaram os estudos (evasão) e a quantidade de estudantes que, passado o período previsto para conclusão, ainda seguem no curso (retenção). O índice conquistado pelo IFSULDEMINAS, de 73,7%, apresenta-se com destaque frente à média dos demais 37 institutos da Rede EPCT, que ficou em 55,5%, como demonstrado na imagem abaixo, retirada da PNP.
A marca foi alcançada devido ao trabalho da instituição para promover a permanência e o êxito dos discentes, previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (2019-2023) e executadas, sobretudo, no âmbito das Pró-Reitorias de Ensino (Proen), Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PPPI) e Extensão (Proex). Dessa forma, o IFSULDEMINAS teve 7.130 estudantes formados em 2020, que representam 70,82% dos matriculados; foram 2.576 evasões (25,28%) e 397 estudantes ficaram retidos (3,9%), ou seja, não concluíram o curso no período previsto. Confira, a seguir, a evolução do Instituto ao longo dos últimos anos nesses quesitos.
Progresso do IFSULDEMINAS no Índice de Eficiência Acadêmica | |
2020 | 73,7% |
2019 | 47,4% |
2018 | 32,8% |
No âmbito do IFSULDEMINAS, o IEA pode ser observado por campus. Na tabela abaixo, verifica-se que todas as unidades obtiveram índice igual ou maior do que a média geral nacional e destacam-se os marcadores dos campi Machado e Muzambinho que lideram o ranking institucional em 85,6% e 83,3%, respectivamente.
Investimento no Ensino
Para o pró-reitor de Ensino, Giovane José da Silva, ocupar o primeiro lugar no IEA entre 38 institutos federais reflete o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na gestão acadêmica. "No âmbito da Proen, contribuíram para o resultado as assembleias organizadas nos campi entre os docentes, em 2019 e 2020, nas quais houve a explicação dos indicadores e sua base de cálculo. Essas ações incluíram iniciativas como o Plano Anual de Melhorias Acadêmicas (PAMA), além da preparação dos estudantes nas avaliações do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) por meio do EIDE (Exame Institucional de Avaliação dos Estudantes) e acompanhamento das coordenações de curso durante as avaliações do INEP. As ações resultaram na melhoria significativa do Índice Geral de Cursos (IGC), colocando o IFSULDEMINAS como o 2º melhor Instituto da Rede Federal e 1ª entre os institutos federais, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)". Confira aqui a matéria institucional sobre a conquista do IFSULDEMINAS do conceito 4 no IGC do MEC no IGC do MEC.
A Pró-Reitoria de Ensino também relaciona outros fatores determinantes para a evolução do IFSULDEMINAS no índice. Destacam-se as ações de reestruturação do ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio na instituição a partir de 2019. "Além das assembleias organizadas pela Proen e voltadas à sensibilização do corpo docente, a Resolução 021/2019 do Conselho Superior regulamentou os projetos pedagógicos do Ensino Técnico Integrado que foram reformulados para dar mais tempo para o estudo individual dos estudantes e para as iniciativas voltadas a uma perspectiva mais integradora do currículo. Além disso, as normas acadêmicas foram remodeladas para permitir iniciativas inovadoras na organização desses cursos no âmbito das unidades. Diversos projetos de apoio ao ensino foram criados, a exemplo do Edital de Fomento aos Projetos de Ensino, com mais de R$ 700.000,00 de apoio, edital de estudantes mediadores e edital de Inclusão Digital".
Investimentos na Pesquisa
Em 2020, a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação abriu editais para o desenvolvimento de projetos, fomentou bolsas e lançou programas que perpassam a pesquisa, a inovação e o empreendedorismo e que também contribuíram para o IEA. Segundo a pró-reitora da PPPI, Sindynara Ferreira, ao todo, naquele ano, foram ofertadas 297 bolsas, com e sem fomento, para que os alunos pudessem desenvolver projetos, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico. "O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) gera impacto direto no currículo integrador do estudante e só nele tivemos 172 projetos desenvolvidos, sendo fomentadas 27 bolsas provenientes das cotas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 38 bolsas fomentadas com recurso interno, 6 em parceria com o Instituto Federal de São Paulo e 184 fomentadas com recursos dos campi. Também podemos citar os Projetos de Iniciação Científica Voluntária (PIVIC) que envolveram 19 discentes. Quanto aos recursos, eles giraram em torno de R$ 25.000,00 (parceiros), R$ 93.600,00 (agências de fomento externo) e R$ 571.400,00 (internos)".
Investimentos na Extensão
Fruto da parceria entre Proex, Proen e PPPI, em 2020, foi desenvolvido o Programa IF Mais Empreendedor que, segundo o pró-reitor de Extensão, Cleber Ávila Barbosa, promoveu intensa conexão entre teoria e prática e envolveu estudantes com seus cursos. O Programa teve a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG) para o assessoramento de mais de 100 empresas e contou com 14 equipes de 06 campi, 27 servidores e 77 alunos bolsistas, atendendo micro e pequenos empreendedores do sul de Minas Gerais. As equipes puderam auxiliar na elaboração de modelos de negócio que atenderam ao público-alvo, capacitando-os com ferramentas que possibilitaram a abertura de novos mercados e a readequação dos negócios, frente à crise causada pela pandemia da COVID-19.
O pró-reitor também destacou outras frentes de trabalho da Proex, como o crescimento das ofertas de cursos de capacitação profissional. "A Plataforma Nilo Peçanha trouxe significativos ganhos para nossa pasta, pois indicadores de Extensão sempre foram um dogma e um grande desafio a ser implementado para a mensuração e a avaliação dos resultados aferidos pela Rede Federal. Os indicadores da PNP são simples, porém, nos trazem condições de analisar, e consequentemente realizar ajustes nas políticas de Extensão, e direcionar esforços e recursos; assim eles têm nos ajudado a melhorar e fortalecer a Extensão no IFSULDEMINAS. Dentre essas métricas detalhadas na plataforma, destaco os cursos FIC, os quais somaram mais de 50 mil vagas no último biênio. A PNP evidencia as áreas com maior demanda e conclusão, além, é claro, da composição orçamentária obtida, e isso é muito bom".
Investimentos no corpo de trabalho
Em 2020, o IFSULDEMINAS contava com 626 professores (564 efetivos e 62 substitutos) e 571 técnicos administrativos (TAEs). Segundo levantamento da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), o Instituto possui o maior percentual de docentes doutores entre os IFs, posição que compartilha apenas com os Institutos Federais do Rio Grande do Sul e o Goiano. A respeito dos técnicos administrativos, está entre os três IFs com o maior percentual de TAEs com titulação de mestre; em relação aos institutos de Minas Gerais, apresenta o maior percentual de TAEs doutores. Os dados foram extraídos da Plataforma Nilo Peçanha 2021 (ano base 2020).
De acordo com a gestão, os indicadores são resultado da política de formação de servidores da instituição, que reúne inúmeras ações e oportunidades de capacitação, a exemplo de editais de afastamento integral, ação de desenvolvimento em serviço e convênios como o Mestrado Interinstitucional (Minter) e o Doutorado Interinstitucional (Dinter); política de formação pedagógica do corpo docente (atendendo ao dispositivo legal de formação pedagógica dos professores graduados); e Programa de Incentivo à Qualificação (PIQ). "O elevado nível de qualificação dos servidores é resultado de constante esforço institucional para proporcionar tal oportunidade profissional e manter a prestação de serviço com qualidade para a sociedade, vislumbrando sempre o conhecimento como meio de transformação. A qualificação de nossos servidores é fundamental também para proporcionar maior valorização profissional e melhoria de nossos indicadores institucionais, pois por meio de profissionais qualificados criamos um ambiente propício para ideias criativas e soluções inovadoras para as demandas organizacionais", destacou o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Thiago Santos.
Verticalização do Ensino
Outro índice no qual o IFSULDEMINAS se destacou na PNP 2021 (ano-base 2020) foi o de Verticalização do Ensino. A verticalização é uma das finalidades dos Institutos da Rede Federal, como consta na lei de criação dos IF’s, e pode ser entendida como a capacidade de uma estrutura acadêmica oferecer cursos em diferentes etapas do ensino. Uma estrutura verticalizada, portanto, é aquela na qual o aluno possui a oportunidade de cursar, em uma única instituição, os níveis técnico, de graduação e, por fim, de pós-graduação, tudo dentro de um mesmo eixo tecnológico. "Além de permitir que o aluno tenha acesso a um itinerário formativo dentro da mesma unidade, este tipo de estrutura acadêmica permite que “os saberes” possam ser compartilhados nos diversos níveis oferecidos, a partir de uma mesma área do conhecimento. Desta forma, os alunos de um curso técnico teriam aulas com professores da pós-graduação e seriam colegas de alunos de Qualificação Profissional, tudo dentro do mesmo eixo tecnológico", explicou a pró-reitora da PPPI.
Segundo a PNP, no Campus Machado, devido aos resultados na área de 'Produção Alimentícia', em que o campus possui desde cursos de Qualificação Profissional até o Mestrado Profissional, o índice de verticalização da unidade, neste eixo, alcançou a marca de 95,44%. No Campus Pouso Alegre, foi o eixo 'Infraestrutura' que se destacou, alcançando os 85,10%. Já o Campus Inconfidentes se sobressaiu no eixo 'Ambiente e Saúde', alcançado um índice de verticalização de 66,85%. Em Muzambinho, a ênfase foi nos eixos 'Informação e Comunicação' (85,10%) e 'Recursos Naturais' (64,26%). Além disso, o Campus Avançado Carmo de Minas e os Campi Passos, Machado e Poços de Caldas se sobressaíram no eixo tecnológico 'Gestão e Negócios', com índices de verticalização de 79,89%, no primeiro, e 85,10%, nos demais. Os valores podem ser conferidos na imagem a seguir.
Para o cálculo deste indicador, a Plataforma Nilo Peçanha buscou avaliar a verticalização sobre dois aspectos: a) Análise vertical: Verificar se uma mesma unidade acadêmica ofereceu vagas, no ano de referência, em cursos de diferentes “níveis” dentro do mesmo Eixo Tecnológico; b) Análise horizontal: Verificar se a unidade acadêmica ofereceu mais vagas nos “níveis mais básicos” quando se analisam as quatro categorias duas a duas.
Data: 14/12/2021
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